domingo, 1 de outubro de 2006

Recommended: Dogville

1. São Paulo - VERGONHA. Clodovil, Maluf? Bah!

------------------------------------------------------------
Pois é, fim-de-semana de eleições... nada melhor do que ficar em casa vendo filmes né?

Pra quem tá a fim de assistir a um filme diferente esteticamente, "roteiramente" e "dirigidamente", aconselho Dogville do Lars von Trier. Esse cara é um dos cinestas irlandeses que [teoricamente] seguem o manifesto Dogma 95, segundo o qual filme bom tem que ter o mínimo de efeitos especiais para não afetar a interpretação da idéia que o roteiro quer passar. Aliás, pra quem quer ter uma boa idéia do que é esse tal de Dogma 95, assiste o incompreensível Os Idiotas, do mesmo diretor. Pra falar a verdade eu não sei se recomendo... anyway, NUNCA assista em família, ok?

Voltando ao Dogville. Apesar de ser de von Trier, este filme não segue à risca os princípios do Dogma, pois tem uma trilha sonora pra lá de legal e, por estranho que pareça, sonoplastia. Estranho, porque não há cenário em si: os locais da vila em que se passa o filme são demarcados por faixas desenhadas no chão. Logo, quando alguém entra em um aposento, nao se vêem portas, paredes e janelas, mas ouve-se abrir a porta. Interessante, não? Aliás, essa é uma característica que levou o diretor a escolher preferencialmente atores de teatro (tirando a superstar Nicole Kidman).

Acima desses detalhes curiosos, está a "moral da história". O filme é ótimo pra se ver depois de ter lido Memórias Póstumas de Brás Cubas - aquele do Machado de Assis, em cujo final o consolo de Cubas é não ter tido filhos ("não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria").

Lembrei desse filme porque acabei de assistir Manderlay - continuação dele, é uma trilogia. Confesso que não fiquei tão impressionada como antes, mas é muito bom e discute o assunto escravidão e sua abolição. Aliás, um olhar muito diferente do que vemos nos filmes de Hollywood sobre o tema, mais focado no contexto da abolição e em suas conseqüências (enfim, um problema crônico legal de se pensar).

Ah é, ontem também assisti A Casa do Lago. Bonitinho. E como o próprio personagem diz: "Impossible. Not possible." Bem diferente dos filmes de Lars von Trier...

3 comentários:

LOC Verzola disse...

eu quero ver dogville, mas quero ver a casa do lago também, tipo pra curtir uma fossa hahaha escutando um keane depressivo hahahaha

clodovil, mafuf e russomano! hahahah

beijo procê

Anônimo disse...

Pooo... curto o Lars von Trier. O que eumais gosto em Dogville é a discussão dela com o pai no final. Good!

E achei legal ele ter escolhido a Nicole Kidman, exatamente pq ela destoa do resto.

Não vi Manderlay. Curiosa.

BAh... mas eu gosto mesmo é Dançando no Escuro.

Beijos, darling!

Anônimo disse...

Hm,interessante até é. Mas sim, o fanatismo existe e me irrita às vezes.

Bah. Mas dos problemas, a Lingüística é o menor.